terça-feira, 12 de julho de 2011

A GATUNAGEM DESAFIA DILMA, ESTA SERÁ A HERANÇA DE LULA E O LEGADO DO PT!

O governo Dilma experimenta um processo de temor – e terror- latente que pode explodir nesta terça-feira no Senado, durante o depoimento do diretor-geral do Denit, que por ora não saiu do órgão - apenas está em período de férias - Luis Antônio Pagot. O piso do Palácio do Planalto sofre tremores à semelhança ao de placas tectônicas em movimento, a anunciar um possível terremoto, que poderá vir acompanhado de um tsunami que tenderá a lavar a República podre dos larápios aboletados nos ministérios. Especialmente no de Transportes que representa o feudo do PR. Lá estão os gatunos produzidos em série por Valdemar da Costa Neto e seus cúmplices.

  
Todos são do conhecimento do governo, desde a época fértil de Lula que obsequiou o que de pior aconteceu nesses trópicos, muito além de Fernando Collor, a começar pelos seus “inocentes” mensaleiros cujas cabeças estão encomendadas ao Supremo pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
A procuradoria manteve e multiplicou os adjetivos constantes na denúncia que levou o STF a indiciar 40 corruptos (um inocentado), comandados, segundo a peça jurídica, por José Dirceu. O próprio Valdemar admite que cometeu crime, sim, mas o minimiza para o de  “caixa 2” nas campanhas, que imagina ele já estar prescrito. 
Pode acontecer de tudo nesta terça feira. Pagot está disposto a falar, mapeando o caminho da roubalheira, tanto no ministério dos Transportes quanto nas obras do PAC, e, ainda, na ladroagem que, segundo ele, teria tido como palco o Paraná. Nesse ponto quer atingir atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ex-comandante do Planejamento na era Lula, e marido da atual chefe da Casa Civil.
Ontem, o ministro baiano Mario Negromonte, das Cidades, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” disse que a insatisfação se espraia na base aliada após a queda do PR do ministério. Chamou atenção para um fato interessante, o de não haver acusações contra integrantes do PT. Disse:
"Só observo que não existe insatisfação contra o PT". E negou que haja desgaste envolvendo o seu ministério. Mas confirmou insatisfações latentes no PP, PSB, PTB e setores do PMDB.

  
Todos são do conhecimento do governo, desde a época fértil de Lula que obsequiou o que de pior aconteceu nesses trópicos, muito além de Fernando Collor, a começar pelos seus “inocentes” mensaleiros cujas cabeças estão encomendadas ao Supremo pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
A procuradoria manteve e multiplicou os adjetivos constantes na denúncia que levou o STF a indiciar 40 corruptos (um inocentado), comandados, segundo a peça jurídica, por José Dirceu. O próprio Valdemar admite que cometeu crime, sim, mas o minimiza para o de  “caixa 2” nas campanhas, que imagina ele já estar prescrito. 
Pode acontecer de tudo nesta terça feira. Pagot está disposto a falar, mapeando o caminho da roubalheira, tanto no ministério dos Transportes quanto nas obras do PAC, e, ainda, na ladroagem que, segundo ele, teria tido como palco o Paraná. Nesse ponto quer atingir atual ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, ex-comandante do Planejamento na era Lula, e marido da atual chefe da Casa Civil.
Ontem, o ministro baiano Mario Negromonte, das Cidades, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” disse que a insatisfação se espraia na base aliada após a queda do PR do ministério. Chamou atenção para um fato interessante, o de não haver acusações contra integrantes do PT. Disse:
"Só observo que não existe insatisfação contra o PT". E negou que haja desgaste envolvendo o seu ministério. Mas confirmou insatisfações latentes no PP, PSB, PTB e setores do PMDB.
O problema é que há também no PT. As denúncias que envolvem o senador Eunício Oliveira, do PMDB, para variar ex-ministro de Lula, que teria armado uma maracutaia para burlar uma licitação de R$300 milhões na Petrobrás, podem alcançar o presidente da estatal, o petista baiano José Sérgio Gabrielli, que tem como projeto o governo da Bahia. Ele está na alça de mira da oposição que quer chamá-lo, junto a diretores da Petrobrás, a depor. A oposição também quer investigação da PF. A denúncia é grave. Está na grande mídia brasileira.
A onda de corrupção que varre o País arrepia. Não se vincula diretamente a Dilma Rousseff, embora segundo Pagot, atinja as obras do PAC da qual foi “mãe” no governo Lula e, agora, no seu mandato, transferiu a maternidade para a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
O PR, senhor do feudo do Ministério dos Transportes desta república fatiada entre amigos e aliados, já está dando sinais de que desistirá do comando. O interessante é que os nomes cogitados por eles recusaram o cargo de ministro. Sinalizam indiretamente que têm medo. O temor talvez porque sabem que ficarão sob holofotes. Os pupilos de Valdemar da Costa Neto, o mensaleiro que renunciou o mandato para fugir à cassação, preferem ficar à sombra. Os corruptos voltaram a ser manchete.
O carimbadíssimo Luiz Antônio Pagot que depõe hoje promete falar o que sabe. Há informações de que estaria pressionado pelo governo para “minimizar” o que pretende contar. Não é isso o que, supostamente, ele pensa. Ameaça, sem dizer abertamente, virar uma espécie de Roberto Jefferson (em relação ao “mensalão”) e falar sobre as podres estruturas republicanas e como elas funcionam. Resta esperar para ver o que acontecerá.
A presidente da República que herdou esta situação, está em seríssima dificuldade. Tem alternativas para se afastar delas, uma e a mais correta é não transigir. Seu momento seria o de mudar a estrutura montada pelo lulapetismo e partir, se for o caso, para a punição da corrupção deslavada que tomou conta do serviço público brasileiro, na União e nas unidades federativas. Enriquecer no poder se transformou num fato banalizado, embora desprezível. Poucos têm princípios e a dignidade de entrar no poder público pobre e dele sair como entrou.
Em outras épocas isso era normal. Para citar apenas alguns nomes baianos, lembro os governadores Octávio Mangabeira e Régis Pacheco (que morreu na miséria, contando com a ajuda de amigos). O deputado João Borges, os senadores Josaphat Marinho, Rui Santos e Jutahy Magalhães, o deputado Vieira de Melo e páro por aqui. Porque a lista é grande. Observem que citei apenas políticos mortos, para não cometer injustiças com os vivos.
Dilma terá que acabar com o fatiamento da República; entender que a base aliada não deve ser uma base de gatunos e iniciar um processo de mudanças éticas, como em outras (e priscas) eras o PT pregou, para mergulhar no melaço ao assumir o poder. Basta isso para demarcar seu espaço na história. Basta a honestidade para transformar o Brasil, na medida em que o dinheiro dos contribuintes, oriundo portanto do povo, ao povo retornará em forma de obras, de benefícios, enfim, transformar a atividade política numa prática respeitosa. A República precisa retornar a ser digna. Se não o foi totalmente, nunca, em tempo algum da história deste País teve tantos larápios ocupando cargos e dilapidando o tesouro.
*Coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde desta terça-feira (12).

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