sábado, 28 de janeiro de 2012

Justiça, educação e responsabilidade social.

Reflexões da vida diária, a partir de citações, considerando justiça, educação e responsabilidade social.

Redação e narração de Rogério Lima de Oliveira e Alexsandro de Oliveira Pereira.

         Quando se fala em justiça, é bom que mencionemos Pascal quando relata, "É justo que o que é justo seja seguido, é necessário que o que é mais forte seja seguido. A justiça sem a força é impotente; a força sem a justiça é tirânica. A justiça sem a força será contestada, porque há sempre homens maus; a força sem a justiça será acusada. É preciso, pois, reunir a justiça e a força, fazendo com que o que é justo seja forte, ou o que é forte seja justo. A justiça está sujeita à disputa, a força é muito reconhecível e sem disputa. Assim, não se pôde dar força à justiça, porque a força contestou a justiça, dizendo que era justa e que ela, a força, é que era justa. Deste modo, não se podendo fazer que o que é justo fosse forte, fez-se que o que é forte fosse justo".
       Complementarmente Séneca diz-nos que, "Quem decide um caso sem ouvir a outra parte não pode ser considerado justo, ainda que decida com justiça". A que se ter contraditório. Observação que não se deve considerar apenas na seara do judiciário. A que se exigir isto, igualmente, nas atitudes da imprensa, da família e na vida quotidiana. Sempre que alguém denuncia os desmandos e violações diversas, oportunizamos que o denunciado se pronuncie caso julgue necessário. Garantindo o mesmo espaço utilizado pelo denunciante. Ainda que a coisa se apresente incontestável e de impossível explicação.
        E apesar de centenas de anos, não se pode desconsiderar Cícero em expressão que se atualiza dia a dia, a dizer-nos que justiça extrema é injustiça. É aquela história de que a diferença do remédio para o veneno é a dosagem. Não se deve ingerir o recipiente inteiro de um medicamento em que o paciente só necessite uma colher de chá. Se assim o fizer estará o ser humano sucumbindo-se, matando-se.
         No tocante a educação, inevitável não citar Paulo Freire e Pitágoras. Freire diz que Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão e o matemático e educador Pitágoras recomenda as famílias:
         Observa o teu culto a família e cumpre teus deveres para com teu pai, tua mãe e todos os teus parentes. Educa as crianças e não precisarás castigar os homens.
         Há um texto judaico que diz, "Tolerar a desordem é consequência de uma educação falha".
         Mais reflexiva, porém, são as meditações de Basílio que fala: Pertence àquele que tem fome o pão que tu guardas; àquele que está nu a capa que tu conservas nos teus guarda-vestidos; àquele que está descalço, os sapatos que apodrecem em tua casa; ao pobre o dinheiro que tu tens guardado. Assim tu cometes tantas injustiças quantas às pessoas às quais poderias dar.
         Finalmente, nesta fase introdutória final, o livro dos livros, a Bíblia traz-nos profunda lição segundo escreveu o profeta Ezequiel. Assim: Se tu não avisas o injusto para que mude de comportamento, o injusto morrerá por causa da sua própria culpa, mas é a ti que Eu pedirei contas do seu sangue. Mas se avisares o injusto para que mude de comportamento, e ele não mudar, ele morrerá por causa da sua própria culpa, mas tu terás salvado a tua vida.
          Pois bem amigo ouvinte e leitor de nossas construções.
         O que você retira de aprendizado e de instrução destas palavras – indaguemos a todos.
          Antes, porém, algumas considerações sobre dificuldades, apuros e importância de um poder legislativo forte e atuante. Já que este existe como um dos três poderes.
         Temos vivido dias difíceis. Mas não estamos em apuros como as vítimas do desabamento dos prédios do Rio de Janeiro. Lamentavelmente, a ocorrência cheira a negligência de autoridades e de alguns que lá trabalhavam ou possuíam seus comércios. Não é o primeiro caso do Rio. Precisam rever as tubulações e sistema de gás de seus imóveis. Mas, por hora a fase é de recuperação das vidas.
         Aos nossos irmãos de nossa terra, sugerimos que se adote postura de esperança e de fé no amanhã. Com este pretexto de que existem problemas mais graves e ainda assim superáveis, é que fazemos reconsideração parcial quanto ao poder legislativo de Itaberaba. É bem verdade que recomendamos sua extinção no editorial próximo passado. Todavia, declaramos para os dez membros da casa de leis de que todos são importantes para a sedimentação da democracia. Todos têm qualidades. Alguns mais experientes. Com mais vivência técnico e de estudo contínuo.
         A câmara carece de ter uma existência em que o povo se sinta, efetivamente, participante na busca incessante da paz social. Que os vereadores se revistam de pudor e coerência no que se refere à primazia de defender o povo e a coletividade. O poder fiscalizador e que edita leis tem que ter o respeito necessário do poder executivo. A coerência e o pudor recomendados aos vereadores necessitam, igualmente, ser observado pelo prefeito, priorizando os interesses da comunidade. Inclusive na manhã de ontem no programa conexão Chapada da Ipirá Fm sob a condução e batuta do âncora advogado doutor Marcelo. O qual reproduziu o sentir de um itaberabense que o dizia da diligência e presteza do prefeito João Filho em buscar obras junto ao estado e a união para nossa princesa da chapada. Reconhecemos que o governo daqui tem algumas qualidades sim e que merecem serem reconhecidas, mas, a realidade em percentual muito maior é desastrosa. O bônus e ônus destinado ao prefeito devem ser repartidos com a câmara. Principalmente com a minoria oposicionista que tem votado nos projetos que, verdadeiramente, são do interesse da comunidade.
         Mas desta feita não iremos criticar. Eis, contudo, as devidas ponderações. Ficam mantidos os elogios traduzidos pelo colega Marcelo. Entretanto, numa alusão a Caetano Veloso, cada um sabe a dor ou a delícia de ser o que é. Por enquanto, as dores superam, enormemente, as delícias. Mas se o governo local reconhecer que isto é verdadeiro, já se é um bom começo. Aproveitamos para deixar o convite aberto para o colega Marcelo participar em soma e adição no nosso conexão. Será um prazer compartilhado com nosso ouvinte. Este sim é que faz político trabalhar através das reclamações, irresignações e indignações. Quando o homem não perde a capacidade de se indignar, as coisas um dia mudarão e alcançaremos a felicidade e dias melhores.
         Esta imprensa. Esta redação, sempre procura colocar-se em seu lugar. Traduzindo e interpretando o seu sentimento. Como uma ou outra ínfima discordância, fazemos questão de sublinhar que desejamos o melhor para você. Nossa defesa é em favor da parte mais fraca, despreparada e desprovida de recursos para os embates da vida diária. Tentamos fazer com que não sejas aniquilado pelo mais forte. Pelo mais robusto, desumano e insensível das carências da maioria das pessoas. Para com quem habita nos subúrbios, na roça ou no campo e os que sofrem a mercê de uma sociedade implacável para com quem se afundou no mundo das drogas e com todas as consequências maléficas que ela traz à pessoa escravizada.
         Por isso alertamos as autoridades, mas, também a você que não deves cruzar os braços. De que não faça tão somente a sua parte. Tente um algo mais. Se respalde na justiça, na educação e na responsabilidade social do poder público. Se estes já tanto negligenciam suas funções e obrigações com cobrança constante, imagine se você se cala, silencia. Embora não coube nas muitas citações ditas inicialmente, Luter King Juníor já dissera que o que muito preocupa e potencializa a agressão e violência praticadas por alguns poderosos imprudentes e inconsequentes é o silêncio dos bons.
         Precisamos de uma revolução nos costumes, nas atitudes, mas, sobretudo, na capacidade de organização. Estamos vendo a todo o momento o crime vencer batalha após batalha, mormente, por conta do adjetivo da organização. Enquanto isto, só nos resta repetir o provérbio judaico que diz"Tolerar a desordem é consequência de uma educação falha". Motivo pelo qual estamos custando a vencer a guerra. A vitória só virá como no dicionário, se antes houver ORGANIZAÇÃO.
         OPINIÃO EDITORIAL EM QUE ORA ABREVIA, O CONEXÃO VERDADE. Em 27 DE JANEIRO DE 2012.

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