domingo, 19 de fevereiro de 2012

Não transforme o seu voto numa arma sem munição.

 
 

Não transforme o seu voto  numa arma sem munição.

Texto e voz de Rogério Lima e Alex de Oliveira, respectivamente.

“O intérprete do direito é como o crítico literário, vale dizer, está sempre em busca de um significado do texto”. (José Afonso da Silva).
                                    
“Fé, fé, fé. Muito antes de chegar lá, você tem que se tornar um pensador que já chegou! O vencedor enxerga a vitória antes que ela aconteça. O vencedor enxerga o invisível, só ele enxerga. O vencedor crê no impossível, só ele crê. Esteja mentalmente preparado para a VITÓRIA”. (Rogério Caldas).           
 Primeiro advertimos a todos, de que o sentido de arma aqui é, estritamente, metafórico e figurativo. Não tenha dúvida, porém, que esta é municiada de defesa e de desconfiança aos que usam as pessoas pleito após pleitos eleitorais convenientemente.
Já começa a entrar em cena de maneira nada tímida em nossa comunidade, o personagem de grande relevância política e social, que é o voto. Os que acreditam ter maior chance de eleger-se já deram a largada sem nenhum disfarce. Uma grave violação a lei eleitoral, mas, que parece prever somente multa por propaganda fora de época. Isto se for o juízo eleitoral provocado para tal. Deve se pagar mais barato do que se pagaria a um publicitário. Ninguém vai ficar inelegível por isto. É o que nos parece, traduzido pela insistência dos, declaradamente, candidatos. O MP terá muito trabalho e será necessário que corresponda em suas diligências e intervenções ministeriais.
Mas, quem deve estar ainda mais em estado de alerta, de igual modo protagonista com o voto, já mencionado alhures, são os eleitores. O povo não pode desperdiçar seu maior instrumento para fazer com que as políticas públicas venham a acontecer de maneira efetiva e concreta.
Aqui no corpo e no centro da opinião, vamos logo dizendo aos que se zangarem. Este escrito não tem alvo específico. Não pretende afrontar e nem fazer média com ninguém. Mas, uma coisa é certa. O eleitor deve ouvi-lo e praticá-lo como instrumento de defesa ou de declaração de que, acaso aceite propostas estranhas à lisura e decência não deverão reclamar ulteriormente. Ou seja, que seu direito de escolher terá custado apenas alguns tostões ou promessas de emprego em cabide municipal. Municipal se a situação aplicar-se ao nosso caso. Portanto, a eventual corrupção ou compra de votos só acontecerão se fores tu a mercadoria a ser comprada. Em vez de vender-se, denuncie o aliciador ou comerciante do voto.
Infelizmente, as pessoas não se organizam e articulam-se, no sentido de escolherem sozinhos e sem os estímulos de campanhas publicitários, a quem desejariam que liderassem com zelo e diligência os destinos de sua comunidade. Não pode depois chorar leite derramado.
A união faz com que fracos tornem-se fortes.
Vejam os senhores que belo exemplo dá-nos o livro bíblico de Provérbios em seu capítulo 30, versos de 24 a 28.
             
Ensina-nos assim, irrefutavelmente, a bíblia:
                  “Estas quatro coisas são das menores e “mais pequeninas” da terra, porém sábias, bem providas de sabedoria: as formigas são um povo impotente; todavia, no verão prepararam a sua comida; os coelhos são um povo débil; e, contudo, fazem a sua casa nas rochas; os gafanhotos não tem rei; e, entretanto, todos saem e em bandos se repartem; a aranha, que se apanha com as mãos e está nos paços dos reis.” É muito válido refletir no capítulo inteiro. E se tiveres alguma dificuldade na interpretação, é sensato pedir auxílio a alguém mais familiarizado com este poderoso instrumento de orientação e ensinamentos.
                
Naturalmente, que o enunciado quer nos dizer que se nos organizarmos poderemos ser forte como uma estrutura de ferro e concreto. De maneira que, quem pretender usar o eleitor para, posteriormente, descartá-lo sem o cumprimento das promessas acordadas, terá ao menos o trabalho de não enganar a muitos. O que se dá de forma inicialmente individualizada ou pela via de intermediários. De modo que, para cada estratégia do eventual transgressor já exista um instrumento de combate e neutralização do fogo enganador. Ou fogo inimigo como pretenderem.
 A população não pode permitir que esta poderosa arma não seja bem utilizada. De maneira a não repetir os mesmos erros em escolhas incentivadas por favores efêmeros e passageiros. É extremamente importante fazer com que as coisas sejam mais perenes e permanentes, como assim o é a necessidade que assola o cidadão credor de um estado (ou município) inadimplente em seu dever de prestar segurança, educação, lazer e saúde por excelências. Os votantes e os contribuintes pagam por isto. Não é mérito que o representante político cumpra com o dever para o qual é eleito em processo democrático de livre escolha. Não tão livre escolha assim, clara. Tentam viciar o pleito, se aproveitando da debilidade e carência provocadas pelos mesmos postulantes a cargo eletivo. No que se concerne a aqueles que já cumprem mandatos e postulam a recondução de suas representações.
Ademais, apesar das maldades entranhadas praticamente nos mesmos deletérios de sempre, aconselhamos a todos exercerem seu direito de voto. Não caiam na ingenuidade de anular o único instrumento de que dispõe. A qualquer momento acertaremos no alvo com a precisão da vitória genuína.
Da redação, editorial conexão verdade, deste 17 de fevereiro de 2012.


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