Presidente do PSOL, de Itaberaba Renival Pinto, participou de reunião de debate em apoio ao movimento grevista dos professores e alunos das UNIVERSIDADES ESTUDUAL DA BAHIA.
Na UNEB – CAMPUS 13, quinta feira 19, as 16:00 horas em um debate foi aprovada a pauta de reivindicação da UNEB, CAMPUS 13, sede em Itaberaba, Chapada Piemonte.
Renival Pinto, na sexta 20, ao comparecer ao programa Voz da Comunidade da Radio Rosário FM, reprisa que os governos anteriores eram conhecidos de governo da MALVADEZA, e agora é o Governo que governa por portaria e decreto, sendo um Governo de propaganda enganosa, perversidade, crueldade e malvadeza, um governo de incoerência.
O Presidente do PSOL aumentou o tom, mostrando que o Governo do PT baiano, não tem projeto para educação.
Trata a educação como barganha política, e negociação.
O Presidente do PSOL vem a publico denunciar que o governo do PT é um governo maléfico para educação e que a DIREC 18 faz parte de um leilão político estar sem Direção já há algum tempo.
Finaliza que o modo de governa do PT é a propagada do engano.
SEM PROJETO DE EDUCAÇÃO NÃO SE FAZ TRANSFOMAÇÃO DE UMA NAÇÃO!!!
Quando a educação transforma-se em mercadoria e perde o seu valor
Por *Prof. Dr. Reginaldo de Souza Silva
Prezado Senhor Governador Jaques Wagner,
No dia do lançamento do Pacto Pela Educação na Bahia, véspera do Dia do Trabalhador e Dia das Mães, recebemos de V. sa., intempestivamente, o corte de nossos salários, mesmo tendo cumprido todas as exigências legais. Com menos de 22 dias em greve em luta por melhores condições de trabalho, permanência estudantil e garantia da autonomia universitária, recebemos um “presente de grego” pelo também Dia Mundial da Educação. A democracia e o diálogo, outrora bandeira de luta do Partido dos Trabalhadores, foram substituídos pela ameaça explícita a aqueles que resolveram protestar publicamente contra os desmandos de Vossa administração.
Gostaríamos de lembrar a V.sa, que há muito tempo não comparece a uma escola ou a uma universidade pública, que nós professores temos como missão educar. Isso significa permitir às novas gerações o acesso a diversos aspectos da vida humana às quais elas não “veriam” se não estivessem nessas instituições de ensino. Portanto, educar é ensinar a “ver”, é desenvolver habilidades, é, principalmente, despertar sensibilidades, pois, segundo Rubens Alves, sem elas “[...] todas as habilidades são tolas e sem sentido, pois os conhecimentos nos dão os meios para viver e a sabedoria nos dá razões para viver.” E esse tem sido o nosso papel.
Entrando em greve não paramos de cumprir com a nossa missão, pois estamos, assim, despertando em nossos alunos, e em toda a população baiana e brasileira, a sensibilidade para “ver” e não mais se conformar com o caos político implantado na Bahia.
Para tanto, a palavra tem sido o nosso mais significativo instrumento. Diuturnamente nós, professoras e professores deste imenso Estado da Bahia, estaremos, pela palavra, lembrando a todos que o Estado com o maior número de pessoas em extrema pobreza é a Bahia com 2,4 milhões; que sua taxa de homicídios é de 36 por 100 mil habitantes (enquanto a ONU estabelece como suportável para grandes cidades 12 por 100 mil); que mais de 12% do total de analfabetos do Brasil (14,1 milhões) está na Bahia: que 1,8 milhão de baianos com 15 anos ou mais (16,7% desta população) não sabem ler e escrever. Estaremos também, caro Governador, alardeando as ações tomadas por V.sa, através de suas diversas secretarias, que têm contribuído para continuar o sucateamento da educação.
Não bastassem esses problemas, lembraremos a todos os índices vergonhosos do IDEB, o número de evasão e de reprovação, os números ainda baixos de matriculados na educação básica (médio) e superior e a falta de ações e condições para permanência e sucesso dos estudantes; os baixos salários e o desrespeito aos servidores públicos, inclusive os da educação; o abandono e as ingerências nas áreas de Segurança e de Saúde e o desrespeito ao principio constitucional federal e estadual de Autonomia das Universidades Estaduais.
Senhor Jaques Wagner, informar de forma mentirosa um aumento de 87,6% no orçamento das universidades estaduais (Uneb, Uefs, Uesc e Uesb), de R$ 386,8 milhões em 2006, para R$ 725,6 milhões em 2011, quando deveria ser utilizado o ano de 2007 para comparação, omitindo a precariedade relacionada ao número de alunos, cursos, docentes, estrutura física, interiorização etc. das universidades estaduais da Bahia, não nos calará e não enganará a uma população que pode enxergar.
Nós, professores, não nos silenciaremos porque nos tirou os salários. E, em nossas salas de aulas, pela palavra, continuaremos a nossa missão de sensibilizar, pois, professores, alunos e funcionários, não podem e não devem ser tratados como mercadoria, a qual se compra a mais barata ou de menor qualidade; não somos moedas de troca, muito menos franquias e não podemos ser adquiridos em “lotes”.
Senhor governador, “Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais…” (Rubem Alves). Mas os governos passam… e a educação, que não é mercadoria, ultrapassa o tempo de mandato dos gestores públicos.
*Reginaldo de Souza Silva – Doutor em Educação Brasileira , professor do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas da UESB. Email: reginaldoprof@yahoo.com.br
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